Geraldo Filme de Souza (Geraldo Filme) nasceu em São João da Boa Vista no interior de São Paulo no ano de 1928, porém em uma entrevista ele mesmo teria revelado que nasceu em 1927 na capital paulista. Geraldo Filme teve uma infância pobre, sua mãe tinha uma pensão e fazia marmitas para vender, o então menino entregava as marmitas que sua mãe vazia por toda a região e ficou conhecido como "negrinho das marmitas" um dos vários apelidos que teve.
Geraldo viveu sua infância no bairro da barra fundo junto com um grande amigo de infância que considerava como seu primo, os dois adolescentes frequentavam as rodas de sambas da barra funda e muitas das vezes saiam correndo com a chegada da policia.
Aos 10 anos de idade depois de ouvir seu pai afirmar que em São Paulo não se faz samba como no Rio de Janeiro, o menino que já mostrava talento nos improvisos nas rodas de samba ele compôs seu primeiro samba "eu vou mostrar" para mostrar a seu pai que na terra da garoa também se fazia samba de qualidade.
Sua mãe muito religiosa certa vez o levou para pagar uma promessa e o vestiu de anjo, na ocasião eles foram proibidos de entrar por serem negros, o acontecimento revoltou sua mãe que jogou a roupa e as suas asas fora e foram a um barracão onde acontecia uma festa de negros, lá eles foram bem recebidos e jamais discriminado. Esse motivo levou Geraldo Filme a compor o samba "batuque de pirapora".
O compositor tem o nome ligado a história do samba e ao carnaval paulista, é respeitados por muitas escolas de sambas por onde passou, fez vários sambas de enredos para a Unidos do Peruche, mas foi na vai vai que criou raízes.
O samba de exaltação e que é o hino da vai vai foi composto por Geraldo Pereira, "vai no bexiga pra ver" e "silencio no bexiga" onde homenageia um diretor de bateria da escola chamado "pato nágua" foram os sambas que mais identificaram o compositor com a escola do bairro da Bela Vista.
Geraldo Filme era um grande conhecedor da historia de São Paulo e um grande defensor da cultura negra. No ano de 1982 Geraldo Filme gravou um documentário histórico junto com Clementina de Jesus e Doca da Portela.
Geraldo Filme morreu no dia 5 de Janeiro de 1995 aos 66 anos de idade, sua obra a maioria delas é desconhecida. O disco "Geraldo Filme" que foi gravado em 1980 demorou 23 anos para ser lançado em CD, o que aconteceu em 2003 no CD "eldorado".
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